terça-feira, 28 de outubro de 2008

This is not a Fugazi comment.

Fugazi


Não existe uma definição correta para essa banda Norte Americana, mais especificamente de Washington, DC. Alguns definem como algo misturado com Punk e Indie, outros como Post-Hardcore. Nenhuma dessas características ou "rótulos" conseguem definir Fugazi para mim. Fugazi incorporou batidas de punk e hardcore, um tanto de funk e reggae, e, por incrível que pareça, inspirações em bandas como Led Zeppelin e Queen. Realmente em várias musicas há uma pitada de rock progressivo. Às líricas variam de algo direto e objetivo, até um espaço mais abstrato.
Uma banda que teve iniciativa por Ian MacKaye. Ele próprio, que tocava nas bandas Minor Threat e Teen Idles, e criador, sem intuito, do movimento Straight Edger.
Antes do Fugazi, Ian formou uma banda chamada Embrace, que já possuía caracteres semelhantes ao que viria.
A formação original é composta por Ian Mackaye e Guy Picciotto, nas guitarras e vocais, Joe Lally como baixista e Brendan Canty na bateria. É bom lembrar que Colin Sears, ex-Dag Nasty, teve uma pequena passagem pela banda. Fugazi teve inicio em 1986, porem ainda em 1987 estava sem um nome. Portanto MacKaye escolheu uma palavra, fugazi, de Mark Mark Baker's Nam, uma compilação de histórias de veteranos da Guerra do Vietnã, a palavra tem originalmente um acrónimo 'Fucked Up, Got Ambushed, Zipped In'.
O EP de estréia da banda foi o Repeater, lançado em 1990. Contudo houve uma compilação em especial chamada 13 Songs, sem dúvidas um álbum que reuni realmente musicas que marcou a carreira da banda. Aconselho a escutarem também o End Hits, um gostinho muito especial.
A banda não possuí um relacionamento muito amigável com a mídia e outras "propagandas". Eles tentam evitar uma certa divulgação da banda, não produzem videoclips, shows e CDs com preços muito acessíveis, e não aparecem muito em rádios e TVs.
Atualmente como eles próprios definem, Fugazi se encontra em um HIATO. Estão parados por um tempo, passando um tempo com família e tocando em outras bandas, mas sem por o fim na banda definitivamente.
Sinceramente, não importa o seu gosto musical, deveria tentar ouvir duas ou três musicas. Não custa nada. Apenas tente aproveitar e relaxar, dessa banda criativa e especial. Ao todo entre compilações e àlbuns são exatamente 10 contribuições.

Aprecie:
Fugazi - Waiting Room


Aconselho a escutarem a musica Arpeggiator. Está no álbum End Hits.

Abraços

Heitor Bonomo Riguette Machado

Obs.: Só lembrar que o Glen E. Friedman fez um livro somente com fotografias do Fugazi.

sábado, 25 de outubro de 2008

7 Vírgenes.


Já tinha tido conhecimento que este filme estava passando no Max Prime, porém não o parei para assistir. Enfim em uma sexta antes de ir estudar, acabei não estudando devido ao filme, liguei a TV e vi que estava no começo da apresentação, e decidi que ia assisti-lo.
Um drama Europeu, mais especificamente Espanhol, dirigido por Alberto Rodríguez. O filme conta com um elenco jovem e muito bom. Sem dúvidas, as atuações de Juan José Ballesta, como Tano, e Jesús Carroza, como Richi, são muito marcantes e fazem o diferencial na qualidade do filme.
O filme retrata sobre um adolescente que está no reformatório, Tano, porém devido ao casamento de seu irmão é liberadado durante 48 horas para ir ao casamento. Logo quando chega no local onde vivia, Tano encontra-se com seu melhor amigo, Richi. Ambos que permanecem juntos durante quase todo o filme, e que se metem em várias situações.
Nessas 48 horas, Tano rever amigos, rever um amor, se envolve em encrencas e cuida de sua avó, que tem forte problemas de saúde. O filme se passa em uma zona do subúrbio da Espanha, ou então, em algum lugar com fortes dificuldades financeiras. Isso proporciona desde a briga de gangues, furtos, malandragem para conseguir grana e uma certa diversão para quem está assistindo.
Tano se demonstra muito confuso e cheio de dúvidas, sobre suas decisões. O final do filme não deixa a desejar em nada.
Sobre a repercursão do filme, esse recebeu 6 indicações ao Prêmio Goya e o ator Jesús Carroza foi premiado como Ator Revelação.

O resto vou deixar de curiosdade.

Abraços.

Heitor Bonomo Riguette Machado.

Obs.: Perdi o primeiro texto que fiz sobre o filme, e que tinha ficado muito bom por sinal. Fiquei um tanto desanimado para fazer esse, e por isso talvez não tenha saído muito bom.

O trailer:
http://www.youtube.com/watch?v=VOT_ZufJBs8

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Cólera

Podem chama-los de infantis, de utópicos, de péssimos compositores e etc. Contudo Cólera creio que seja a banda mais importante em minha vida, até o momento. Três garotos do subúrbios, com inicio de banda apenas com 2 violões e um sofa, em fins da década de 70, com o Brasil começando a enfrentar uma crise na sua economia, com o fim do Milagre Econômico. Ser pobre hoje já é lamentável, imagina naquela época. A banda começou oficialmente em 1979, e foi criada pelos irmãos Redson (Edson Lopes Pozzi, guitarra e vocais) e Pierre (Carlos Lopes Pozzi, bateria). O Cólera teve forte partipação no inicio do movimento punk no brasil, e essa participação foi registrada nas primeiras coletâneas de punk brasileiro composto por bandas brasileiras. Os primeiros viniis eram geralmente Coletâneas com outras bandas devido ao preço da gravação de um LP na época. O Cólera está presente no Grito Suburbano (1982), Sub (1983), O Começo do Fim do Mundo (1983) e entre outras coletâneas que marcaram o inicio do Punk do Brasil. Esse conjunto de gravações contava com várias bandas como Olho Seco, Inocentes, Lixomania, Ulster, Garotos Podres, AI-5, Fogo Cruzado, Ratos de Porão, e outros. O primeiro LP da banda foi o Tente Mudar o Amanhã (1984), apesar da gravação não ajudar muito, está presente no LP algumas faixas que são clássicas como São Paulo, Distúrbios, Condenados, Em Você, Burgo Alienação, Agir e por ai vai. Todas as musicas do Cólera até hoje carregam mensagens de questionamento, protesto, insatisfações, porém de forma bem pacifista, sempre propondo a mudança, convocando todos a agir, mas nunca de forma violenta ou inconseqüente. O Cólera é a banda diferencial do inicio do Punk, os integrantes com uma concepção e ideais bem palpáveis, ao contrário de outras bandas que tinha um conhecimento rudimentar de ideologias e poucos conhecimentos amplos sobre a sociedade. A lírica da banda muito direta e simples, pode ser tachada de infantil por ser muito utópica. Contudo se algo que eu acredito, que eles acreditam e outros acreditam, vale a pena cantar e escrever sobre o que temos em mente, e o que seria um mundo perfeito, igualitário e justo. A primeira turnê de uma banda punk brasileira na Europa foi feito pelo Cólera, a banda rodou vários países do velho continente em 87, e lançou um LP, que eu tenho. Muiiito bom, minha jóia rara. A banda existe até hoje, não citei nenhum baixista porque passaram vários. O mais fixo e o que assume atualmente o baixo é Fabio Bossi.
A Banda até hoje tem um conjunto de nove álbuns, dois EPs, dez coletâneas e um Split. Existem muitas outras curiosidades sobre a banda. Espero, como sempre, despertar o interesse de vocês para ouvirem a banda, que significou muito para mim

Abraços e em Breve meu Fotozine, Abstraia ou Morra.

Heitor Bonomo Riguette Machado