terça-feira, 30 de dezembro de 2008

99 Francs


O filme 99 Francos relata uma autobiografia, do ex-publicitário, Frédéric Beigbeder. Esse que utilizou da própria propaganda para atacar e denunciar o abuso do marketing e das propagandas, e do cinismo do nosso consumo descontrolado. Quando assisti ao filme pensei que era apenas um romance qualquer, e por haver dois finais, não imaginava que era baseado em fatos reais.
99 francos franceses é um filme, escrito por Nicolas & Bruno, dirigido por Jan Kounen, lançado em 2007. É baseado no romance de Frédéric Beigbeder, já citado anteriormente.
Vamos falar realmente do longa metragem. A história é dividida em seis capítulos, cada um consiste em um pronome pessoal ou de tratamento. Com isso, cada capítulo é narrado conforme o pronome mostrado no início do ato. O narrador e personagem principal é Octave, esse que é um publicitário com certo prestígio e muita importância em sua empresa. Contudo por observar e perceber a falta escrúpulos, a futilidade, e a importância do markiting para o consumismo, entra em forte depressão. Acarretando no uso excessivo de drogas.
A situação se agrava a partir do momento em que Octave ver uma de suas idéias ser destruída por um presidente de uma grande firma de Iogurte, para quem presta serviço. Em meio dessa autodestruição, Octave conhece Sophie, que em partes ajuda a "melhorar" sua vida. Porém após certa notícia o romance entre os dois se perde, e o personagem volta as características de sua vida promíscua.
Grande parte do longa é regado de prostituição, sexo, drogas, demonstrando o tão superficial e o quanto são estúpidas as pessoas envolvidas nesse contexto da mídia.
Então, a partir dos delírios de Octave, o filme vai ganhando base para o final. Na verdade, para os finais. O segundo me agradou mais. Vou deixar para quem ler e ver o filme, postar dizendo qual final achou melhor.
Os principais personagens são, Octave, Charlie, Jeff e Sophie, preenchidos respectivamente por Jean Dujardin, Jocelyn Quivrin, Patrick Mille e Vahina Giocante.
Em torno do marketing, do consumismo e do capitalismo e suas dependências, o filme principalmente se passa e critica.

Até mais e Abraço.

Heitor Bonomo Riguette Machado.

ps.: Enfim, atualizei.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Tentando ser Literário

- Passado do Universo -

Palavras, vistas, jogadas
numa forma de exatas.
Metamorfoseada em versos
que pouco aparecem nesse meio.
Como podem? O falso
desinteresse
transforma-se em
Inspiração

Sua contribuição na criação
é relevante, e, olhe, que muitos
passados já podem ter acabado,
quando iluminou na noite.


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Uma tentativa de poema. Estava achando meu blog muito jornalístico, quero variar, e tentar tornar isso tudo em algo mais literário. Deve ser fácil de acreditar, mas esse é o primeiro poema que fiz em minha vida, pelo menos é o que lembro.
Está bem estranho, apenas escrevi, sem pensar em formas, em rimas, e etc. Vou me dedicar mais a partir daqui, garanto-lhes.

Prova da UFF no sábado, decidir finalmente qual caminho aparecerá.

Vontade, Tensão e Capacidade.

Abraços.

Heitor Bonomo Riguette Machado

terça-feira, 28 de outubro de 2008

This is not a Fugazi comment.

Fugazi


Não existe uma definição correta para essa banda Norte Americana, mais especificamente de Washington, DC. Alguns definem como algo misturado com Punk e Indie, outros como Post-Hardcore. Nenhuma dessas características ou "rótulos" conseguem definir Fugazi para mim. Fugazi incorporou batidas de punk e hardcore, um tanto de funk e reggae, e, por incrível que pareça, inspirações em bandas como Led Zeppelin e Queen. Realmente em várias musicas há uma pitada de rock progressivo. Às líricas variam de algo direto e objetivo, até um espaço mais abstrato.
Uma banda que teve iniciativa por Ian MacKaye. Ele próprio, que tocava nas bandas Minor Threat e Teen Idles, e criador, sem intuito, do movimento Straight Edger.
Antes do Fugazi, Ian formou uma banda chamada Embrace, que já possuía caracteres semelhantes ao que viria.
A formação original é composta por Ian Mackaye e Guy Picciotto, nas guitarras e vocais, Joe Lally como baixista e Brendan Canty na bateria. É bom lembrar que Colin Sears, ex-Dag Nasty, teve uma pequena passagem pela banda. Fugazi teve inicio em 1986, porem ainda em 1987 estava sem um nome. Portanto MacKaye escolheu uma palavra, fugazi, de Mark Mark Baker's Nam, uma compilação de histórias de veteranos da Guerra do Vietnã, a palavra tem originalmente um acrónimo 'Fucked Up, Got Ambushed, Zipped In'.
O EP de estréia da banda foi o Repeater, lançado em 1990. Contudo houve uma compilação em especial chamada 13 Songs, sem dúvidas um álbum que reuni realmente musicas que marcou a carreira da banda. Aconselho a escutarem também o End Hits, um gostinho muito especial.
A banda não possuí um relacionamento muito amigável com a mídia e outras "propagandas". Eles tentam evitar uma certa divulgação da banda, não produzem videoclips, shows e CDs com preços muito acessíveis, e não aparecem muito em rádios e TVs.
Atualmente como eles próprios definem, Fugazi se encontra em um HIATO. Estão parados por um tempo, passando um tempo com família e tocando em outras bandas, mas sem por o fim na banda definitivamente.
Sinceramente, não importa o seu gosto musical, deveria tentar ouvir duas ou três musicas. Não custa nada. Apenas tente aproveitar e relaxar, dessa banda criativa e especial. Ao todo entre compilações e àlbuns são exatamente 10 contribuições.

Aprecie:
Fugazi - Waiting Room


Aconselho a escutarem a musica Arpeggiator. Está no álbum End Hits.

Abraços

Heitor Bonomo Riguette Machado

Obs.: Só lembrar que o Glen E. Friedman fez um livro somente com fotografias do Fugazi.

sábado, 25 de outubro de 2008

7 Vírgenes.


Já tinha tido conhecimento que este filme estava passando no Max Prime, porém não o parei para assistir. Enfim em uma sexta antes de ir estudar, acabei não estudando devido ao filme, liguei a TV e vi que estava no começo da apresentação, e decidi que ia assisti-lo.
Um drama Europeu, mais especificamente Espanhol, dirigido por Alberto Rodríguez. O filme conta com um elenco jovem e muito bom. Sem dúvidas, as atuações de Juan José Ballesta, como Tano, e Jesús Carroza, como Richi, são muito marcantes e fazem o diferencial na qualidade do filme.
O filme retrata sobre um adolescente que está no reformatório, Tano, porém devido ao casamento de seu irmão é liberadado durante 48 horas para ir ao casamento. Logo quando chega no local onde vivia, Tano encontra-se com seu melhor amigo, Richi. Ambos que permanecem juntos durante quase todo o filme, e que se metem em várias situações.
Nessas 48 horas, Tano rever amigos, rever um amor, se envolve em encrencas e cuida de sua avó, que tem forte problemas de saúde. O filme se passa em uma zona do subúrbio da Espanha, ou então, em algum lugar com fortes dificuldades financeiras. Isso proporciona desde a briga de gangues, furtos, malandragem para conseguir grana e uma certa diversão para quem está assistindo.
Tano se demonstra muito confuso e cheio de dúvidas, sobre suas decisões. O final do filme não deixa a desejar em nada.
Sobre a repercursão do filme, esse recebeu 6 indicações ao Prêmio Goya e o ator Jesús Carroza foi premiado como Ator Revelação.

O resto vou deixar de curiosdade.

Abraços.

Heitor Bonomo Riguette Machado.

Obs.: Perdi o primeiro texto que fiz sobre o filme, e que tinha ficado muito bom por sinal. Fiquei um tanto desanimado para fazer esse, e por isso talvez não tenha saído muito bom.

O trailer:
http://www.youtube.com/watch?v=VOT_ZufJBs8

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Cólera

Podem chama-los de infantis, de utópicos, de péssimos compositores e etc. Contudo Cólera creio que seja a banda mais importante em minha vida, até o momento. Três garotos do subúrbios, com inicio de banda apenas com 2 violões e um sofa, em fins da década de 70, com o Brasil começando a enfrentar uma crise na sua economia, com o fim do Milagre Econômico. Ser pobre hoje já é lamentável, imagina naquela época. A banda começou oficialmente em 1979, e foi criada pelos irmãos Redson (Edson Lopes Pozzi, guitarra e vocais) e Pierre (Carlos Lopes Pozzi, bateria). O Cólera teve forte partipação no inicio do movimento punk no brasil, e essa participação foi registrada nas primeiras coletâneas de punk brasileiro composto por bandas brasileiras. Os primeiros viniis eram geralmente Coletâneas com outras bandas devido ao preço da gravação de um LP na época. O Cólera está presente no Grito Suburbano (1982), Sub (1983), O Começo do Fim do Mundo (1983) e entre outras coletâneas que marcaram o inicio do Punk do Brasil. Esse conjunto de gravações contava com várias bandas como Olho Seco, Inocentes, Lixomania, Ulster, Garotos Podres, AI-5, Fogo Cruzado, Ratos de Porão, e outros. O primeiro LP da banda foi o Tente Mudar o Amanhã (1984), apesar da gravação não ajudar muito, está presente no LP algumas faixas que são clássicas como São Paulo, Distúrbios, Condenados, Em Você, Burgo Alienação, Agir e por ai vai. Todas as musicas do Cólera até hoje carregam mensagens de questionamento, protesto, insatisfações, porém de forma bem pacifista, sempre propondo a mudança, convocando todos a agir, mas nunca de forma violenta ou inconseqüente. O Cólera é a banda diferencial do inicio do Punk, os integrantes com uma concepção e ideais bem palpáveis, ao contrário de outras bandas que tinha um conhecimento rudimentar de ideologias e poucos conhecimentos amplos sobre a sociedade. A lírica da banda muito direta e simples, pode ser tachada de infantil por ser muito utópica. Contudo se algo que eu acredito, que eles acreditam e outros acreditam, vale a pena cantar e escrever sobre o que temos em mente, e o que seria um mundo perfeito, igualitário e justo. A primeira turnê de uma banda punk brasileira na Europa foi feito pelo Cólera, a banda rodou vários países do velho continente em 87, e lançou um LP, que eu tenho. Muiiito bom, minha jóia rara. A banda existe até hoje, não citei nenhum baixista porque passaram vários. O mais fixo e o que assume atualmente o baixo é Fabio Bossi.
A Banda até hoje tem um conjunto de nove álbuns, dois EPs, dez coletâneas e um Split. Existem muitas outras curiosidades sobre a banda. Espero, como sempre, despertar o interesse de vocês para ouvirem a banda, que significou muito para mim

Abraços e em Breve meu Fotozine, Abstraia ou Morra.

Heitor Bonomo Riguette Machado

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

The Adicts

The Adicts, uma Banda de Clockwork Punk, formada em 1977. Uma banda Inglesa, que pelo estilo já se tem uma idéia de como são as letras, o visual e as características de comportamentos. Creio que The Adicts deu início da influência forte do filme Laranja Mecânica em Bandas. São poucas que realmente existem e que levam o filme realmente a serio como estrutura da banda. O lirismo, o visual, os instrumentais e outros, podem ser até um tanto infantil, porém tem um gosto especial por falar de um filme bom, de atitudes dos personagens do filme e tudo com ao redor do filme. Letras que falam de sexo, drogas, auto-destrutivas e outros. A lírica e os instrumentas são bem simples, mas apesar de ser "punk", tem uma voz suave, como se algo de agradável esteja sendo dito (mas não está), forte ironia e bem cômico também.
Os integrantes da banda são Monkey (Keith Warren), nos vocais, Pete De (Pete Davidson) na guitarra, Mel Ellis no baixo e Kid Dee (Michael Davison) na bateria. A banda ainda está com a mesma formação.


















O disco mais conhecido sem dúvidas é o Songs of Praise, porém existentem outros muito bons e que merecem destaques. Por exemplo, Rise and Shine, Smart Alex e Sound Of Music. Sempre matendo o foco na estética do filme Laranja Mecânica.
O visual "droogs" do filme sempre está presente nos integrates, a banda é muito famosa na cena independente inglesa. Emplacaram já, um single "Bad Boy", e, um disco Smart Alex, na parada britânica.
Eu conheci a banda antes de ver o filme ou ter lido livro, mesmo assim admirei muito a banda. Depois li o livro e posteriormente o filme. Foi engraçado como encontrei o livro, estava na UFES, em um sebo, vendo um show de uma banda não muito boa. Ao acaso olhei para uns livros que estavam no chão. O primeiro livro de uma banca de muitos outros, estava lá. Como eu estava sem dinheiro, nem ali, nem em casa, porém morava perto dali. Peguei o livro que parecia não estar em boas condições, mas completo, e fui perguntar ao dono do sebo se trocaria o livro por outro que tenho em minha casa em perfeitas condições. Ele aceitou e então busquei ele em casa, quase fui assaltado no meio do caminho, mas tudo bem.

Assim, mais uma vez espero despertar o interesse para ouvirem a banda, claro se já leram ou já viram o filme, fica bem mais divertido.

Abraços.

Heitor Bonomo Riguette Machado

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Sebastião Salgado

Vou apresentar e mostrar, sobre ele, que me despertou o interesse primário sobre fotografia.
Antes, um breve comentário. Um dia qualquer nesse ano, em uma aula de Matemática, percebi o quanto as pessoas não tem conhecimento e nem procuram sobre fotografia. Eu ainda me considero muito insipiente no assunto, porém nessa aula de matemática em um exercício qualquer interdisciplinar, levava algo sobre fotografia. O professor aproveitou o assunto e perguntou a nós (alunos), se conhecíamos algum fotografo muito conhecido. Lógico, falei Sebastião Salgado. Até ai, tudo bem. Logo após eu ter falado, ele perguntou quem da turma conhecia também o fotografo. Ninguém levantou a mão ou demonstrou algum tipo de sinal ou voz que afirmasse que conhecia Sebastião. Me pergunto, será que as pessoas não tem vontade de saber quem é o fotografo de fotos bonitas, interessantes, com contextos e significados, ou, acham que o simples fato de tirar uma foto é fácil e que o fotografo não faz importância alguma. Grandes dúvidas.

Nascido em Minas Gerais, Sebastião Ribeiro Salgado, é hoje um fotografo reconhecido mundialmente.
Sebastião no começo nunca teve qualquer ligação profissional com fotografia. Era economista formado pela USP e se não me engano fez PHD de Economia na Europa. Trabalhou na Organização Internacional do Café e por viajar muito, pegava a câmera de sua esposa emprestada para tirar algumas fotos. Foi em uma viagem para África que decidiu que seguiria a profissão de Fotografo.
Outras Américas (1987) - Filhos e Mãe - Equador.
O primeiro livro de Sebastião e que retrata a pobreza na América Latina.


O retrato de temas sociais é algo marcante em todas as suas obras. Sem dúvidas, suas fotos mostram o quanto doentio está o ser humano. A desigualdade social, subnutrição, exploração. Forte critica social, econômica e política, assim vejo pelo menos. Demonstra o que nosso sistema reflete para os mais necessitados, esses que fechamos os olhos e fingimos não ver tal situação. Há várias interpretações de suas obras, porém usar a fotografia como via de critica é bem presente.

Trabalhadores (1996) - Serra Pelada.















O fato de Salgado tratar a imagem como uma linguagem universal me agrada muito, em reportagem para Folha de São Paulo ele tenta explicar o que a imagem proporciona para qualquer tipo de pessoa. Ele explica que é pai de um garoto portador de Síndrome de Down e que apesar dos problemas decorrentes da síndrome, quando ele entrega uma foto ao seu filho, este compreende de certa forma algo que a foto quer passar.

Prêmios são freqüentes em sua carreira. Prêmios como:

- Prêmio Eugene Smith de Fotografia Humanitária.
- Prêmio World Press Photo.
- The Maine Photographic Workshop ao melhor livro foto-documental.

Entre outros.

Atualmente para projetos de livros, Sebastião ganha grande apoio de várias instituições, ONGs, a UNICEF e Políticos. Algo que não me agrada, porém não quero entrar em discussões políticas. Hoje em dia tem sua própria firma de notícias a "Imagens da Amazônia", mora em Paris com sua esposa e programa novos projetos fotográficos.

Seus livros mais conhecidos são Trabalhadores, Outras Américas, Serra Pelada, O Berço da Desigualdade e seu último livro lançado África. Os preços são bem salgados, mas encontra-se facilmente algumas fotos na internet.
Espero que a importância a qual Sebastião dá aos temas sociais não sejam em vão. Como ele mesmo diz "Espero que a pessoa que entre nas minhas exposições não seja a mesma ao sair".

Abraços,

Heitor Bonomo Riguette Machado.

obs.: As pessoas assemelham muito o que Sebastião Salgado faz com Fotorjonalismo. Só queria deixar claro que é Foto-documentário. São caractéristicas completamente diferentes.